‘Eu maltratei a minha mulher. Não admito traição’. Assim resumiu a motivação das barbaridades, relatadas pela polícia, cometidas contra a assistente social Luciana Lopo, 31 anos, na última sexta-feira (26), dentro da casa onde o casal morava em Vilas do Atlântico, Lauro de Freitas, região metropolitana da capital. Luciana está internada no Hospital Espanhol, em Salvador. A paciente deixou a Unidade de Terapia Intensiva nesta segunda-feira.
Adalberto concedeu entrevista coletiva à imprensa, na sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade, em Salvador, para onde foi encaminhado após ser localizado em Simões Filho. O homem acusado de ter jogado leite fervente na mulher e disparado dois tiros contra ela logo após quebrar-lhe ossos de braços e pernas diz estar arrependido. ‘Estou arrependido sim. Queria muito que não fosse verdade’, disse.
O professor, que dava aula de artes marciais em uma escola municipal de Lauro de Freitas, afirma ter bebido durante várias horas antes de cometer o crime. Disse ainda que tinha tentado de outras maneiras fazer com a que a assistente social confessasse as supostas traições. ‘Eu tive um surto. Estava bebendo’, revelou.
Adalberto defendeu-se das acusações de que perseguia a mulher diariamente. ‘Eu protegia ela, como faço com minha filha [de 6 anos] . Não deixava ela andar de ônibus’.
Perdão - ‘Mereço perdão porque ela é muito importante para mim. Foi uma mulher perfeita’, disse Adalberto, que afirmou nunca ter cometido outras agressões contra Luciana. ‘Vou provar que não sou um monstro’, completou.
Adalberto chegou a tecer elogios para a assistente social. ‘Minha mulher era honesta. Já tinha feito de tudo para ela me falar [sobre traições]. Ela tinha medo de me perder. Ela gosta de mim’.
Atirador profissional e carreira policial – Adalberto França afirmou ter bastante habilidade com armas, chegando a detalhar que não erra um alvo nem a 100 metros de distância. Segundo ele, o antigo sonho que cultivava de ser um policial ainda não saiu de seus planos.
Processo - Com a prisão temporária decretada pela Justiça desde o último sábado, o professor de educação física vai ser mantido no complexo da Secretaria de Segurança Pública, nos Barris, durante 30 dias. O prazo pode ser prorrogado por mais um mês. Este é o tempo que a polícia tem para concluir o inquérito e as investigações. Depois a Justiça pode decretar a prisão provisória, encaminhá-lo para a cadeia ou liberará-lo para responder ao processo em liberdade.
O advogado do acusado vai alegar que o cliente teve perda temporária da sanidade. A polícia vai usar a Lei Maria da Penha, que protege as mulheres contra agressões físicas e psicológicas.
Pense no maior dos absurdos,que no Brasil tem precedente:ele alega que ela o traía...De vítima a esposa agredida,passou a vilã.E ainda que ele pudesse provar a suposta traição,não justifica esse ato animalesco.
E como eu já havia levantado a lebre,ele alega por seu advogado que perdeu temporariamente a sanidade...FDP!!!
Garanto que se ele dividir cela com outros presos,ele vai perder outra coisa né???E até que não seria uma má idéia!!!kakakaka...
E espero tambem que a esposa não o perdoe e o aceite de volta!!


Um comentário:
Tô estarrecida!!!
Pior são alguns comentários q eu vi no site do A Tarde, que dizem que "ela deve ter aprontado alguma p receber isso". Claro q só homem que dizia esta barbaridade!!!
Estamos de volta a época de "defender a honra"? Quanto machismo, quanto retrocesso!!!
Fico pensando nos pais e na filhinha dela, quanta dor! Eu juro q eu preferia morrer do que ver uma filha minha neste estado =( Dá vontade de fazer justiça com as próprias mãos, já que a Justiça daqui parece que passa a mão na cabeça destes monstros...
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